segunda-feira, 16 de junho de 2008

Menina


Menina meiga e impulsiva
Menina doce e amarga
Menina que chora e que ri
Menina com desejos e esperanças
Sonhos e desilusões
Menina que encanta e desencanta
Que ama
Que pensa
Que sofre

Menina frágil
Menina forte
Menina amiga e inimiga

Menina dos olhos
Que vaga na penumbra

Menina completa e incompleta
Menina ora só, ora acompanhada

Menina imperfeita

Pricila Piccini

domingo, 15 de junho de 2008

NÃO QUERO PERDER VOCÊ





Não quero perder você
E nem me peça para fazer uma oração,
Eu não quero chorar como criança
E nem como um louco ficar no chão.
Fito seus olhos claros bicolores,
Assim, de três cores pinto nossos amores.
A sua presença me faz entender
Que você sabe me entender, algo que sempre quis...
É a sua boca que me deixa bêbado... mas de amor!
Não quero que você venha a me perder.
[seu rir é meu choro alegre infinito]
E que este poema você nunca esqueça,
Que você nunca jogue estas palavras...
Palavras que são pra você... poema que é pra você.
Eternize a vez em que, na esquina mais linda
Da vida, iluminada por flores, os nossos olhares
Se cruzaram.
Não quero que esqueça que eu não esqueço
De lembrar que não quero te esquecer.

Marcelo dos Santos

sábado, 14 de junho de 2008

Memória de uma Lágrima


Rolou-me na face uma lágrima perdida...
Perdida pela incompreensão...uma lágrima verdadeira
Uma ... das muitas choradas ao longo da vida...
Caiu essa lágrima entre as mãos esquecidas
lembrando que as dores não foram vencidas!
E a mão esquecida ergueu-se para o rosto
limpando com raiva as marcas de desgosto!
E entre as rugas do rosto marcadas durante uma vida
brotou leve um sorriso de ternura infinita!
Querendo dizer
que na face linda jamais se verá uma lágrima perdida!

Agito-me!


Agito-me como uma triste folha de Outono fora de época
Agito-me como um recado antigo escrito num papel gasto pelo tempo
Agito-me como um pedaço de vento soprado às escondidas
Agito-me como um botão apertado numa casa sem janelas
Agito-me como o mar revolto numa noite silenciosa
Agito-me como um aceno contido num coração amarrotado
Agito-me para atirar ao chão as lembranças amadurecidas
Agito-me para libertar o peso da saudade solitária
Agito-me para camuflar as lágrimas como chuva
Agito-me para gastar a pele
Agito-me para ficar e perecer


Agito-me para cair e esquecer

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia dos Namorados

O dia dos Namorados está chegando. Aproveite para declarar-se para a pessoa amada. Diga-lhe tudo o que você sempre quis dizer, abra seu coração e faça uma pessoa feliz. =]




N.E.O.Q.E.A.V



Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar.

A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" num lugar inesperado para o outro encontrar e assim quem a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente.

Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar.


Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse. Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho.


"Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho.


Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo.


Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir.


Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.


Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros.

"Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira. Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender e gostar completamente deste jogo que eles jogavam. Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro.


Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós.
Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida.

Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar. O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.


Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena. Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal. Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso.


Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos.


Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte.


Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama. A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.


Como sempre, vovô estava com ela a cada momento.


Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.


O câncer agora estava de novo atacando seu corpo.

Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa. Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa. Então, o que todos nós temíamos aconteceu.


Vovó partiu.


"Neoqeav"foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó.


Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez.


Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela.


Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava.

Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:


"Mas o que Neoqeav significa?"

Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV"

terça-feira, 3 de junho de 2008

Hehe hehe hehehehehehe



Quem nunca ouviu a risada mais hilária do mundo animado?


É, a risada do Pica-Pau. Esse ser azul e branco, com cabelos vermelhos, que mais parece um grenal, ainda ganha muitos telespectadores apesar de ter 68 anos.



O Pica Pau surgiu como um co-adjuvante do Andy Panda no episódio "Knock Knock", e fez tanto sucesso que na mesma década já tinha um desenho próprio.



O personagem alado recebeu duas indicações ao Oscar de Melhor Desenho Animado: "The Dizzy Acrobat", de 1943, e "Musical Moments From Chopin", de 1947. E uma indicação para melhor canção, do episódio "Wet Blanket Policy", de 1948. O último episódio foi "Indian Corn" de 1972, num total de aproximadamente 200 episódios. O Pica-Pau também apareceu no filme "Uma Cilada para Roger Rabbit", em 1988, juntamente com outros ícones dos desenhos animados. E em 1999, o canal Fox Kids apresentou ao público "New Woody Woodpecker", o novo Pica-Pau.



Além do Pica Pau, é claro, ainda existem outros personagens, como Zéca Urubu, Jacaré, Toquinho e Lasquita, Dooley, Leôncio, Meany Ranheta, Andy Panda, e o Inspetor Willoughby.
O Pica-Pau é sem dúvida um dos maiores clássicos da animação, e talvez tenha sido entre os personagens infantis de nossa televisão, aquele que mais cativou as crianças. Não só pelo seu espírito aventureiro, brincalhão e bagunceiro, mas sobretudo pelo seu carisma, fazendo com que as crianças se identificassem com ele, despertando paixões e, acima de tudo, gerando boas gargalhadas.
Durante seus 68 anos, o Pica Pau já teve várias versões.

Ele pessui uma lista enorme de episódios, e está lançando uma Coletânea Clássica desses hilariantes episódios. Para ter essa coletânea em casa para distrair seus filhos e se distrair também clique aqui.


Mas para quem não quer comprar, uma forma de curtir o Pica Pau é acessando esse link do Adrive: http://www.adrive.com/public/5736d0a3fe3922770044996e9ed3215a681a8513ff65240be09b32a353b2bde2.html
Ou pelo YouTube.